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sábado, 24 de março de 2012

Domingão de rock

Neste domingo duas lendas do rock mundial estarão se apresentando em solo brasileiro. Em Porto Alegre, Roger Waters irá brindar os gaúchos com um pouco de sua genialidade incomparável e jamais atingida por outro mortal. Enquanto isso, em São Paulo, o Creedence Clearwater Revisited (uma versão do CCR com apenas dois dos quatro integrantes originais: o baixista Stu Cook e o baterista Doug Clifford) irá evocar algumas das canções mais marcantes e poderosas da história do rock mundial.

Para celebrar esse domingo de puro rock and roll em terras tupiniquins nada melhor do que uma pérola extraída direto do baú do rock om uma bela ajuda do Mr. Youtube.

(Prestem atenção no detalhe do sofá rasgado atrás de John Fogerty e pensem: qual estrela da música atual se apresentaria num ambiente com tal simplicidade e desleixo? Pois é, por isso que nestes tempos nos quais imagem é tudo, pouco ou nada presta em termos de música e a expressão "o bom e velho rock and roll" permanece mais atual do que nunca!)


terça-feira, 13 de março de 2012

Globo e Ricardo Teixeira: Amor Eterno

Charge publicada pelo jornal LANCE! nesta terça diz tudo
O Todo Poderoso presidente da CBF, Ricardo Teixeira caiu. Caiu de maduro sacudido por uma penca de denúncias e suspeitas de negócios ilícitos que envolvem, até mesmo, a Seleção Brasileira, um dos maiores patrimônios e motivo de orgulho para todos os brasileiros.

Teixeira que estava à frente da CBF desde 1989 - quando foi “entronado” sob as bênçãos de seu sogro João Havelange que por décadas a fio mandou e desmandou na Fifa – começou a ser alvo de denúncias em 1994 com o episódio conhecido como “voo da muamba”, quando os tetracampeões desembarcaram no Brasil trazendo nas bagagens muito mais do que a Taça Fifa. Naquele dia o presidente da CBF teria dado um carteiraço no pessoal da Receita Federal e impedido que as 17 toneladas de tralhas trazidas por jogadores e comissão técnica passassem pelo crivo da alfândega. (Por isso foi condenado e perdeu os direitos políticos).

 De lá para cá, se meteu em outros rolos como o contrabando de máquinas para refrigerar chope, favorecimento para que uma empresa de turismo monopolizasse a venda de ingressos para a Copa da Alemanha (2006), desvio de verbas do Mundial Interclubes realizado no Brasil em 2001, de receber propina da multinacional esportiva ISL (aquela que afundou o Grêmio) e de superfaturar os custos do amistoso Brasil x Portugal (2008) pago com dinheiro público. E isso é apenas a ponta do iceberg de irregularidades atreladas ao nome de Teixeira e denunciadas pela imprensa internacional, especialmente pela tevê inglesa BBC.

 No Brasil, as principais críticas contra Teixeira partiam da TV Record, do site Lance! e de colunistas especializados. O maior conglomerado de comunicação do país, a Rede Globo, todavia, sempre evitou criticar ou denunciar o ex-presidente da CBF. Apesar de contar com um time invejável de jornalistas investigativos e uma estrutura sem igual na América Latina, a Globo (tevês, jornais, rádios e sites) nunca moveu uma palha para levantar a sujeira sob o tapete do Poderoso Chefão da CBF. Durante o Campeonato Brasileiro de 2011, quando os protestos da campanha “Fora Teixeira” tomaram conta do Brasil, a Globo fechou seus microfones e câmeras para milhares de torcedores que se manifestavam de norte a sul do país diante e dentro dos estádios com suas faixas e cartazes.

Mas na noite de segunda-feira (12) o mais importante noticiário do grupo Globo finalmente se manifestou sobre Ricardo Teixeira em uma matéria com mais de três minutos (tempo enorme e que custa uma fortuna no JN) produzida e apresentada por ninguém menos do que Tino Marcos (o setorista nº 1 da Seleção Brasileira e da CBF) que fez um longo e belo balanço da gestão de Teixeira a frente da CBF, recheado de números, conquistas, imagens emocionantes, enfim, uma verdadeira declaração de amor eterno, que só ficaria melhor se fosse fechada com o bordão “Globo e você: tudo a ver” (pena que o Tino Marcos e o Bonner não pensaram nisso).

Vale a pena assistir de novo:







(*) Com informações de BBC Brasil