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sábado, 16 de abril de 2011

Não esqueçam nossos craques

Chinesinho comemorando o título paulista de 1959
Ao sentar na frente do computador nessa manhã de sábado me deparei com uma triste notícia: a morte de Chinesinho. Para quem não sabe, o rio-grandino Sidnei Colônia Cunha, foi um dos maiores camisas 10 da história do Palmeiras, onde integrou a Primeira Academia. Ídolo de calibre internacional foi campeão italiano pela Juventus em 1966.

O mais triste nisso, porém, não é o fato de sua morte representar o fim da história de um craque que fez a alegria de milhares de torcedores ao redor do planeta, mas sim o fato como esse ídolo passou os últimos anos de sua vida: praticamente esquecido.

Com sérios problemas de saúde, o ex-craque - que também vestiu a camisa do Inter nos anos 50 - minguou em sua casa na praia do Cassino, a sombra de seu passado glorioso nos campos e a margem da riqueza e grandiosidade dos clubes que defendeu.

O fim dos contratos assinados com Inter, Palmeiras e Juventus (ITA) encerrou o vínculo trabalhista do jogador com os clubes, mas não poderia ter apagado a dívida de respeito e gratidão por tantas alegrias dadas.

Ao contrário de seus colegas do século XXI, Chinesinho não ficou rico com o futebol. Mas isso não fez com que recebesse amparo dos três grandes clubes que defendeu, quando ficou doente, afinal de contas, o que interessa no mundo do futebol moderno são “as obrigações contratuais” e entre Chinesinho, Inter, Palmeiras e Juventus não havia mais nenhuma.

A história do meia rio-grandino, infelizmente, não é a única do tipo. Em Curitiba, o ex-atacante Washington (aquele que fazia dupla com Assis, no Fluminense dos anos 80) pena para pagar os custos do tratamento de uma doença degenerativa que afeta os movimentos e o sistema respiratório. Não encontrei registros de que o Clube das Laranjeiras (Campeão Brasileiro de 2010) tenha oferecido alguma ajuda. Em São Paulo, o uruguaio Pedro Rocha, ídolo são-paulino na década de 70, recorre ao Sistema Único de Saúde para custear o tratamento de um AVC.

Apesar disso, o São Paulo, ainda é um bom exemplo no que diz respeito ao amparo de craques. Durante 20 anos o clube do Morumbi pagou a internação e o tratamento de Leônidas da Silva, o Diamante Negro (para quem não sabe o chocolate tem esse nome por causa desse cara), craque tanto do time como de milhões de brasileiro que o viram inventar a famosa “bicicleta” e ser artilheiro da Copa do Mundo de 1938. Leônidas sofria de Alzheimer e morreu em 2004 numa clínica particular paga pelo São Paulo.

Como Chinesinho, há dezenas de craques do passado empobrecidos, doentes e esquecidos pelas agremiações que defenderam e - que de certa forma - ajudaram a se transformar nas corporações milionárias que são hoje. Estes multimilionários clubes têm uma dívida de honra com esses caras, que garantiram títulos e momentos dignos de serem lembrados para sempre.

E nós, reles torcedores, temos o dever de cobrar que nossos times tenham um cuidado especial com os craques do passado, afinal de contas eles são culpados pela devoção que temos por nossas camisas. 

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Ranking dos salários dos jornalistas é atualizado novamente

Segue o baile atrás dos salários dos jornalistas por todo o Brasil. Nesta quarta-feira chegaram as respostas dos sindicatos de Rondônia e Piauí.

Em Rondônia, o piso pago é de R$ 1.023 desde 2007. Conforme o colega Roque Ferreira – um gaúcho de Lagoa Vermelha, perdido no norte do país – em 2008, 2009, 2010 o salário não foi reajustado por um simples motivo: os jornalistas não compareceram às assembleias promovidas pelo sindicato.

No Piauí, o colega Luis Carlos de Oliveira, presidente do Sindjor-PI informa que o piso no estado é de R$ 1.157. Este piso é acrescido de 2% para cada ano de trabalho, ou seja, quem tem dez anos de contrato como jornalista recebe 20% a mais sobre o piso.

A partir das novas informações o ranking salarial dos jornalistas brasileiros ficou assim:

1º) RJ (capital) – R$ 4.359
2º) AL – R$ 2.114
3º) PR – R$ 2.049
4º) SP (Capital) - R$ 1.940
5º) DF – R$ 1.740
6º) SP (interior) – R$ 1.593
7º) AC – R$ 1.573
8º) MG – R$ 1.506
9º) AM – R$ 1.500
10º) RS (capital) – R$ 1.480
11º) MA – R$  1.391
12º) MT – R$ 1.380
13º) GO – R$ 1.362
14º) SC – R$ 1.300
15º) ES (capital) – R$ 1.242
16º) RS (interior) – R$ 1.240
17º) PI – R$ 1.157
18º) RO – R$ 1.023
19º) SE – R$ 954
20º) RN – R$ 950
21º) ES (interior) – R$ 906

Observação: Agora falta apenas a situação nos seguintes estados: PB, PE, RR e TO.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Nova atualização do ranking salarial dos jornalistas

Novas informações chegadas do Amapá, interior do Rio de Janeiro e Amazonas possibilitam atualizar novamente o ranking dos salários pagos aos jornalistas brasileiros.
Como no Amapá não existe um piso unificado, nem tampouco um salário mínimo recomendado, o estado permanece fora do ranking junto com Bahia e Pará. Mas para conhecimento de todos, conforme o colega Volney Oliveira do Sindicato dos Jornalistas do Amapá, o salário pago no estado para a categoria varia entre R$ 1.000 e R$ 1.500.
No interior do Rio de Janeiro a situação também é peculiar. Há pisos diferentes pagos conforme o tamanho das cidades, a função do profissional (repórter ou redator) e a carga horária (5h ou 7h). As remunerações são as seguintes:

Cidades com mais de 300 mil habitantes
Repórter – R$ 912 (5h)/R$ 1.386 (7h)
Redator – R$ 1.126 (5h)/R$ 1.686 (7h)

Cidades com menos de 300 mil habitantes
Repórter – R$ 835 (5h)/R$ 1.034 (7h)
Redator – R$ 1.125 (5h)/R$ 1.132 (7h)

Agora, o ranking atualizado:

1º) RJ – R$ 4.359
2º) AL – R$ 2.114
3º) PR – R$ 2.049
4º) SP (Capital) - R$ 1.940
5º) DF – R$ 1.740
6º) SP (interior) – R$ 1.593
7º) AC – R$ 1.573
8º) MG – R$ 1.506
9º) AM – R$ 1.500
10º) RS (capital) – R$ 1.480
11º) MA – R$  1.391
12º) MT – R$ 1.380
13º) GO – R$ 1.362
14º) SC – R$ 1.300
15º) ES (capital) – R$ 1.242
16º) RS (interior) – R$ 1.240
17º) SE – R$ 954
18º) RN – R$ 950
19º) ES (interior) – R$ 906

Observação: Ainda falta conferir a situação nos seguintes estados: PB, PE, PI, RO, RR e TO.

Ranking dos salários atualizado

O pessoal do Sindicato dos Jornalista do Mato Grosso do Sul responde ao e-mail enviado e esclarece não haver um piso único estabelecido no estado por inexistência de um sindicato patronal, porém informa que recomenda um salário mínimo a ser pago aos profissionais que trabalham no estado. O piso recomendado pelo Sindijorms é de R$ 1.344. A partir disso o ranking dos salários pagos aos jornalistas no Brasil publicado aqui na segunda-feira (11/4) foi atualizado e alterado. 



Confira como ficou: 

1º) RJ (capital) – R$ 4.359
2º) AL – R$ 2.114
3º) PR – R$ 2.049
4º) SP (Capital) - R$ 1.940
5º) DF – R$ 1.740
6º) SP (interior) – R$ 1.593
7º) AC – R$ 1.573
8º) MG – R$ 1.506
9º) RS (capital) – R$ 1.480
10º) MA – R$  1.391
11º) MT – R$ 1.380
12º) GO – R$ 1.362
13º) MS - R$ 1.344
14º) SC – R$ 1.300
15º) ES (capital) – R$ 1.242
16º) RS (interior) – R$ 1.240
17º) SE – R$ 954
18º) RN – R$ 950
19º) ES (interior) – R$ 906

Ainda resta descobrir como está a situação salarial nos estados de AM, AP, RJ (interior), PB, PE, PI, RO, RR e TO. Vamos continuar tentando. 

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Salário: a grande desilusão dos jornalistas

O "faz-me-rir" sempre foi motivo de choro para jornalistas
Salário baixo sempre foi e, lamentavelmente, parece que sempre será a principal queixa de dez entre dez jornalistas. Um levantamento feito hoje (11/4) pela Casa da Pauta montou um ranking dos salários dos jornalistas de norte a sul do Brasil. O objetivo disso é possibilitar que jornalistas e futuros jornalistas possam ter uma noção de como o mercado de trabalho brasileiro tem tratado a categoria.

Para fazer isso se tomou por base o levantamento publicado no site da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) , as convenções de trabalho publicadas nos sites estaduais dos sindicatos da categoria e alguns e-mails trocados com diretores sindicais de todo o país.

As informações apuradas mostram que o maior piso salarial pago hoje a jornalistas no Brasil, está no Rio de Janeiro. Conforme informações do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro o salário mínimo proposto à categoria é de R$ 4.359 (resta saber se as empresas pagam realmente isso). O salário, todavia, vale apenas para a cidade do Rio, enquanto o resto do estado não têm piso definido.

Se você ficou todo animadinho com os ganhos salariais dos colegas cariocas, agora vai enterrar os dois pés no chão com a realidade do resto do país.

Depois do Rio, os maiores salários pagos estão em Alagoas (isso mesmo!), onde o piso é de R$ 2.114 e no Paraná, onde o salário base da categoria é de R$ 2.049. Na maior cidade brasileira - São Paulo, para quem não sabe – o piso é de R$ 1.940. A lista dos Top Five fecha com o Distrito Federal onde o piso salarial dos jornalistas é de R$ 1.470.

Casos Especiais

O levantamento feito pela Casa da Pauta descobriu duas situações peculiares nos estados do Pará e Bahia. 

No Pará o piso é escalonado por categoria A, B e C. A primeira recebe remuneração de R$ 1.588, os jornalistas tipo B recebem R$ 1.978 e a turma do C tem salários mensais de R$ 2.086.

Na Bahia não há piso unificado, mas os salários pagos pelos três maiores jornais de Salvador são os seguintes: A Tarde - R$ 2.665; Correio da Bahia – R$ 1.450 e Tribuna da Bahia – R$ 1.250.

Os dois estados não estão no ranking elaborado por causa de suas particularidades, mas se estivessem os jornalistas de A Tarde ocupariam uma honrosa segunda colocação, seguidos de perto pelos Jornalistas Tipo C do Pará, que ficariam em terceiro no ranking dos melhores pisos pagos no Brasil.

Confira abaixo o ranking completo dos salários dos jornalistas por estados:

1º) RJ (capital) – R$ 4.359
2º) AL – R$ 2.114
3º) PR – R$ 2.049
4º) SP (Capital) - R$ 1.940
5º) DF – R$ 1.740
6º) SP (interior) – R$ 1.593
7º) AC – R$ 1.573
8º) MG – R$ 1.506
9º) RS (capital) – R$ 1.480
10º) MA – R$  1.391
11º) MT – R$ 1.380
12º) GO – R$ 1.362
13º) SC – R$ 1.300
14º) ES (capital) – R$ 1.242
15º) RS (interior) – R$ 1.240
16º) SE – R$ 954
17º) RN – R$ 950
18º) ES (interior) – R$ 906

Observação: Os estados de AM, AP, RJ, MS, PB, PE, PI, RO, RR e TO não têm pisos definidos conforme a Fenaj e as direções dos sindicatos não responderam aos e-mails enviados.

Sites de referência:

Fenaj
Sindicato dos Jornalistas do Município do RJ
Sindicato dos Jornalistas do RS
Sindicato dos Jornalistas do PR
Sindicato dos Jornalistas de SP
Sindicato dos Jornalistas de AL
Sindicato dos Jornalistas de SC
Sindicato dos Jornalistas de MG