Dias atrás
assisti a Dama de Ferro (FRA,GBR,
2011), filme sobre a ex-primeira ministra inglesa Margaret Thatcher,
celebrizada mundialmente com o apelido de Dama de Ferro (The Iron Lady).
Mais
do que um excelente filme sobre uma estadista, que marcou sua época por ser uma
das percussoras do nefasto neoliberalismo, a película dirigida pela inglesa Phyllida
Lloyd (nascida no célebre 17 de junho) mostra um lado pessoal e extremamente
particular dessa mulher - que ordenou o massacre de 323 jovens argentinos ao
determinar o afundamento do cruzador General Belgrano durante a malfadada guerra
pela posse das Malvinas – e que termina sua vida mergulhada em uma das mais cruéis
doenças, o Mal de Alzheimer.
Muito além
da soberba atuação de Meryl Streep, o filme contém cenas impagáveis capazes de
nos fazer pensar sobre o mundo construído a partir dos anos 80. Uma que,
particularmente, me chamou atenção é aquela na qual a ex-primeira ministra - já atormentada pela doença – consulta um médico e fala de sua impressão
sobre o mundo atual.
Em um
diálogo curto, a personagem de Meryl Streep revela sua inconformidade com o
mundo que percebe à sua volta apesar da doença. “As pessoas estão mais
preocupadas em sentir. Sou de um tempo no qual as ideias eram o mais importante
que os sentimentos”, diz Thatcher.
Concordando
ou não com suas políticas nefastas, é impossível discordar de Thatcher, quando
lamenta a falta de importância dada na atualidade para as ideias, para o pensar,
em favorecimento do sentir. Ao menos na trama imaginada pela roteirista inglesa
Abi Morgan, a Dama de Ferro está recheada de razão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário