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quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Sugestões de pautas para Finados

Cobertura de Finados é sempre, ou quase sempre, a mesma coisa: movimento nos cemitérios, venda de flores, a dor da perda, túmulos famosos. E era isso. Mas como tudo nessa vida, sempre há como dar uma melhorada no material e surpreender o público com algo diferente.

É por isso que tomo a liberdade de sugerir algumas pautas que podem dar uma cor diferente ao dia. Vamos a elas:

Finados na Zona Rural – Nas zonas rurais o Finados é mais do que um dia para reverenciar o antepassados, é um dia de reencontro. Como é grande o número de pessoas, especialmente de jovens, que trocaram o campo pela cidade, é comum que a data seja usada para voltar às origens e reencontrar amigos e parentes. No interior de Pelotas e cidades vizinhas as colônias costumam receber centenas de ex-moradores nessa data. Por conta disso o dia, além de visitas aos cemitérios, costuma ser marcado por grandes almoços de família.

Finados na fé ProtestanteOs Protestantes observam o dia de Finados para lembrar das coisas boas que os antepassados deixaram, como o legado de um caráter idôneo, por exemplo. Mas acreditam que as pessoas precisam ser cuidadas, unicamente, enquanto estão vivas. Isso pode servir para inverter a pauta e falar da importância de se cuidar dos vivos e de viver bem.

Trabalho extra – Quem já cobriu feriado de Finados sabe que os cemitérios ficam cheios de trabalhadores avulsos (os famosos biscateiros) em busca de algum trabalho de limpeza ou capina. Para alguns o dia – e os dias que o antecedem – pode representar uma renda expressiva. Contar histórias destes trabalhadores pode render uma matéria fora do lugar comum da data e ainda servir de pano de fundo para o serviço tradicional da data (horários, missas, preços de flores, etc).

Feriado? Não para os padres Não há dia de Finados sem missa. E, geralmente, acontecem dezenas de missas ao longo do dia. Assim ao contrário do que acontece para a maioria das pessoas, para os padres o dia não tem nada de feriado. Então, porque não contar como funciona a rotina dos religiosos nesse dia (como é a jornada de trabalho? Quantas missas costumam rezar? Quem é o recordista de celebrações da Diocese, alguém sabe? Que tipo de sermão se faz num dia como esse? Como prepará-lo?) Como a Diocese se organiza para dar conta de tudo (chama reforço das paróquias?)? Além das missas quais são as outras tarefas dos padres nesse dia tão difícil para muitas pessoas? E: como eles encaram o dia? Acredito que esse pode ser um jeito de falar da data apresentando uma realidade desconhecida da maior parte das pessoas.

Buenas, eram essas as minhas dicas. Até mais!

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