Cobertura de Finados é sempre, ou quase sempre, a mesma coisa: movimento nos cemitérios, venda de flores, a dor da perda, túmulos famosos. E era isso. Mas como tudo nessa vida, sempre há como dar uma melhorada no material e surpreender o público com algo diferente.
É por isso que tomo a liberdade de sugerir algumas pautas que podem dar uma cor diferente ao dia. Vamos a elas:
Finados na Zona Rural – Nas zonas rurais o Finados é mais do que um dia para reverenciar o antepassados, é um dia de reencontro. Como é grande o número de pessoas, especialmente de jovens, que trocaram o campo pela cidade, é comum que a data seja usada para voltar às origens e reencontrar amigos e parentes. No interior de Pelotas e cidades vizinhas as colônias costumam receber centenas de ex-moradores nessa data. Por conta disso o dia, além de visitas aos cemitérios, costuma ser marcado por grandes almoços de família.
Finados na fé Protestante – Os Protestantes observam o dia de Finados para lembrar das coisas boas que os antepassados deixaram, como o legado de um caráter idôneo, por exemplo. Mas acreditam que as pessoas precisam ser cuidadas, unicamente, enquanto estão vivas. Isso pode servir para inverter a pauta e falar da importância de se cuidar dos vivos e de viver bem.
Trabalho extra – Quem já cobriu feriado de Finados sabe que os cemitérios ficam cheios de trabalhadores avulsos (os famosos biscateiros) em busca de algum trabalho de limpeza ou capina. Para alguns o dia – e os dias que o antecedem – pode representar uma renda expressiva. Contar histórias destes trabalhadores pode render uma matéria fora do lugar comum da data e ainda servir de pano de fundo para o serviço tradicional da data (horários, missas, preços de flores, etc).
Feriado? Não para os padres – Não há dia de Finados sem missa. E, geralmente, acontecem dezenas de missas ao longo do dia. Assim ao contrário do que acontece para a maioria das pessoas, para os padres o dia não tem nada de feriado. Então, porque não contar como funciona a rotina dos religiosos nesse dia (como é a jornada de trabalho? Quantas missas costumam rezar? Quem é o recordista de celebrações da Diocese, alguém sabe? Que tipo de sermão se faz num dia como esse? Como prepará-lo?) Como a Diocese se organiza para dar conta de tudo (chama reforço das paróquias?)? Além das missas quais são as outras tarefas dos padres nesse dia tão difícil para muitas pessoas? E: como eles encaram o dia? Acredito que esse pode ser um jeito de falar da data apresentando uma realidade desconhecida da maior parte das pessoas.
Buenas, eram essas as minhas dicas. Até mais!
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